sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

ABA manifesta-se em apoio a Procurador no caso de Belo Monte

A Assossiação Brasileira de Antropologia (ABA), instituição que acompanho há anos, nesta minha luta em favor dos direitos dos povos indígenas, e por isso sei e afirmo sua seriedade e compromisso. Esta semana a ABA publicou nota em apoio ao procurador Felicio Pontes, do MPF/PA, que vem sofrendo graves perseguições por causa de seu posicionamento em defeza do povo brasileiro no que se refere a obra da hidrelétrica de Belo Monte. 

Pessoalmente já me manifestei a favor do nobre Procurador justamente por entender que ele está cumprindo unicamente com seu dever, dever do Ministério Público e do cidadão, em tentar impedir uma obra que não respeita o ambiente e menos ainda as pessoas que nele se encontram. Belo Monte (belo monstro) é um Ode à exploração extrema da vida em favor esclusivamente do lucro doentio e de uma classe dominante irresponsável e assassina. E os políticos? Covardes e escabelos do dinheiro e do poder, mergulhados em corrupção e crimes da mais baixa sânie.

Sem mais, segue o texto da aba, aproveito pra pedir que assinem a petição.

Assine aqui petição acerca do tema

NOTA PÚBLICA

A Associação Brasileira de Antropologia, sociedade científica com mais de 50 anos de existência, sólida trajetória e reconhecimento nacional e internacional, vem publicamente manifestar sua preocupação com o recente pedido da Advocacia Geral da União para o afastamento do Procurador Felício Pontes, do Ministério Público Federal (MPF) do Pará, dos processos movidos pelo MPF contra as obras da usina hidroelétrica de Belo Monte.

A nosso ver, as manifestações públicas do procurador em nada maculam a idoneidade do Ministério Público no legítimo cumprimento de suas obrigações legais. Ao contrário, atestam seu compromisso para com a observância do preceito constitucional de defesa da diversidade cultural e do respeito aos direitos dos povos indígenas, a duras penas conquistado pela sociedade brasileira em nosso processo de redemocratização.

Instamos, outrossim, o Estado brasileiro a respeitar tal preceito, dever que lhe cabe sob pena de por em risco a plena vigência do Estado de Direito em nossa Sociedade.

Brasília, 15 de dezembro de 2011

Bela Feldman-Bianco
Presidente

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